ANDIAMO!, 2012
de Francisco Camacho
O cenário evoca uma cratera de vulcão, remetendo para a iminência da catástrofe assim como para o poder da criação. Na sua passagem por estas paragens, várias pessoas forjam as suas identidades. Através das suas interacções iniciais, descobrimos a necessidade mesquinha de quererem o controlo das situações, não perdendo uma oportunidade de dominar os outros. Observando-os, é difícil, todavia, dizer quem controla de facto quem e o quê. A certo ponto, darão um passo de encontro a um outro ser. Perante esta nova chegada, são desafiados, na sua individualidade e na atenção ao outro. Este gesto levá-los-á ao estilhaçar das personas por si adoptadas, revelando o seu desespero. Em resposta a uma necessidade de acção, a sua proposta será imaginar e reinventar, será criar. Uma figura não identificada e ignorada por quase todos eles, olha-nos, a nós espectadores, durante todo o decurso das suas acções.

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